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quarta-feira, 30 de abril de 2008

BASTIDORES DOS RELACIONAMENTOS NO MINISTÉRIO

BASTIDORES DOS RELACIONAMENTOS NO MINISTÉRIO...

Acredito que 98% do ministério de alguém diz respeito a relacionamento, já que ministério não se resume a um ano, a dois, a cinco, mas é uma vida...

Sayonara Delorve (*)

Acredito que 98% do ministério de alguém diz respeito a relacionamento, já que ministério não se resume a um ano, a dois, a cinco, mas é uma vida. Ministério é você lidar com pessoas, é se relacionar. Então, enquanto estamos crescendo no ministério, não entendemos muito bem quem são as pessoas de autoridade e, às vezes, queremos passar por cima delas.
O que nos foi ensinado pelos nossos líderes deve estar bem depositado dentro de nós, e não devemos nos esquecer disso, mesmo que eles não estejam presentes. Muitas vezes queremos valorizar apenas aqueles que têm posição.
Se, porventura, nossos líderes chegam diante de todos nós, certamente vamos amá-los e vamos querer ouvi-los, mas se chega uma pessoa desconhecida que nem sabemos quem é, será que teremos a mesma postura?
Muitos escolhem por quem se interessam em ouvir e, às vezes, fazemos isso no ministério. Mas estamos crescendo no ministério como mulheres. E muitas perguntas fazemos a nós mesmas: Quem está acima de mim? Quem tem autoridade? Quem não tem?
Precisamos aprender algo importante: o reino de Deus funciona de maneira bastante interessante; nele, quem hoje é, amanhã pode não ser, e quem não era, pode ser amanhã. Por isso, temos que ter cuidado em como tratamos as outras pessoas; temos que ter cuidado em como tratamos uns aos outros.
Passei por uma experiência interessante em São Paulo quando fui ensinar lá. Sâmia foi minha diretora no Rhema Brasil anos atrás e agora eu estava dando aulas na Escola de Ministros e Sâmia estava sentada na minha frente como aluna. No reino de Deus é assim. Estamos aqui hoje e amanhã podemos não estar, já que podemos ir para outro lugar. Então, o relacionamento no ministério é algo importantíssimo.
Devemos valorizar as oportunidades que temos com qualquer pessoa que chegue perto de nós para liderarmos, para influenciarmos e para nos associarmos. Não podemos perder a oportunidade que Deus nos dá de conhecermos pessoas diferentes.
Não podemos tratar as pessoas com descaso só porque não as conhecemos. Se você é líder de um departamento, tem que respeitar todas as pessoas que chegam até você, sem nem mesmo saber quem elas são.
Quem é alguém se não tiver o Senhor? O que somos e o que temos é por causa Dele em nós. O título ou o cargo é apenas a função, porque no final da história somos todos filhos. E se entendermos isso, vamos respeitar uns aos outros.
O que você gostaria de receber das outras pessoas? Dê você como ministra. Não seja seletiva, não tome as dores dos outros.
Você que é ministra tem que ter cuidado com a fofoca, pois há a necessidade da discrição. Quando você começa a envolver-se no ministério de forma efetiva, começa a ter também acesso a muitas informações que outrora não tinha, a ponto de pensar: “como era bom quando eu não sabia das coisas, quando eu era anônima e ninguém precisava me contar nada”, porque no crescimento você vai descobrindo coisas e tem que ser discreta sobre elas.
Como ministras, precisamos ter muito cuidado com a língua. Até mesmo porque existe uma doença contagiante, não a todas as mulheres, chamada fofoca. É aquela sensação de ter que informar a melhor amiga sobre qualquer novidade, mas nos esquecemos de que a nossa melhor amiga também tem uma melhor amiga, que tem outra melhor amiga e isso vira um círculo vicioso de fofoca e não de amizade.
Tem gente que tem prazer em falar mal - é como uma doença. Muitas mulheres no ministério têm parado em suas caminhadas, e outras não têm avançado por causa da fofoca. Elas não estão entendendo que 98% do ministério é relacionamento.
Aquela pessoa de quem ela está fofocando, está contra a outra pessoa de alguma forma e, de repente, essa primeira pessoa, mais na frente, torna-se autoridade dela. Imagina que coisa horrível!
Não sabemos onde estaremos no futuro e nem onde aqueles que estão em nossa volta estarão. Então, o respeito é imprescindível. Não os respeitemos pelo cargo, pelo título e pela posição; mas, porque eles são nossos irmãos.
Faça a eles o que gostaria que eles te fizessem. Respeite-os como você quer ser respeitado; isso é muito importante no ministério. Se você exercita isso por dentro, ninguém te segura, você vai passar de um degrau de glória a outro degrau de glória, em Deus.
No entanto, se você faz acepção de pessoas por título e por cargo, eu te digo: você resultará em uma carreira grande, mas quando chegar lá na frente, cairá e acabar-se-á tudo, porque o reino de Deus não é natural, é espiritual.
Deus não é natural. Estamos hoje aqui, mas amanhã podemos não estar. Então, tenhamos cuidado com aquilo que falamos, em como cuidamos e respeitamos as pessoas.
Se você não gosta de determinada pessoa, guarde para você, não fale para ninguém. No entanto, parece doença mesmo, pois se não gostamos temos que falar para as outras pessoas. Acabamos dizendo: “O que tu achas de fulano?”. A partir desse momento, começa algo diabólico. Eu pergunto: Você gostaria que isso fosse feito contra o seu nome? Com certeza não. Então, façamos aos outros o que gostaríamos que fizessem a nós.

* Casada com Isaac, mãe de duas filhas Sarah e Rebeka. Membro da IEVV em Caruaru.

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