Vamos despertar o Leão Africano.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Note da África: A terra da igreja desaparecida



Os povos de língua árabe que vive no leste, simplesmente o chamam de "O Magreb" ("O Oeste"). Mas para os cristãos, o Norte da África é mais conhecida como a "Terra da Igreja Desaparecida".

A Igreja no Norte da África, nasceu no mesmo dia em que nasceu a igreja global nos países que hoje conhecemos como a Líbia pelas pessoas que pela primeira vez trouxeram as notícias daquele memorável Pentecostes (AT.2:10). Elas foram logo seguidas por outras que se demoraram em Jerusalém para poder ficar mais tempo em companhia dos apóstolos e de outros cristãos que se encontravam ali. "Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o pão de casa em casa, e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração" (AT. 2:46).

Algum tempo depois, chegaram à costa da Líbia notícias de que Pedro, tinha visitado um centurião romano, e os gentios da casa tinham recebido a salvação de Deus e o dom do Espírito Santo, do mesmo modo que acontecera com os judeus. Os gentios do Norte da África – romanos e berberes – ouviram com grande interesse como os apóstolos e os anciãos em Jerusalém recebiam homens e mulheres como eles mesmos na igreja de Cristo.

O cristianismo é, portanto, parte fundamental na rica herança norte-africana. O caminho de Cristo era conhecido e amado bem antes de alcançar o norte da Europa e América. O evangelho criou raízes no Norte da África. No primeiro século era uma fé vulnerável de uma minoria perseguida. Durante trezentos anos os bérberes ouviram e responderam a palavra de Deus não por causa do poder dos romanos, mas apesar dele. Os governadores e magistrados romanos fizeram o que puderam para suprimir a fé, destruírem seus lideres e forçaram os seus seguidores a voltar aos templos pagãos. Uma torrente de leis rigorosas, editadas desde os mais altos escalões de uma série de imperadores tiranos, tinha como finalidade erradicar o cristianismo da face da terra.

Mesmo assim, as igrejas do Norte da África floresceram nesses anos de perseguição. Tertuliano, líder da igreja no século IV, escreveu: "Apesar da mais forte oposição, terror e perseguição, os cristãos mantiveram sua fé inabalável, acreditando que Cristo ressuscitou, que todos os homens ressuscitarão a seu devido tempo e que o corpo viverá para sempre". Tamanha foi à fé deles, e tão efetivo o seu alcance que, depois de três séculos, a maior parte do território hoje conhecido como Tunísia e grande parte da Argélia se tornaram cristãs.

Os novos crentes realizaram esse maravilhoso feito, mediante o testemunho pessoal – sem rádio, cursos por correspondência, fitas de vídeo ou qualquer outra literatura. O Norte da África, produziu muito dos mais célebres mártires, e alguns dos maiores teólogos, incluindo três dos mais notáveis escritores cristãos de todos os tempos: Tertuliano, Cipriano e Agostinho. Suas palavras permaneceram e são ouvidas por nós até hoje.

Nos séculos IV e V, entretanto, este espetacular crescimento do cristianismo foi seguido de um notável colapso. As igrejas que estavam bem estabilizadas para levar o evangelho através da África falharam, tropeçaram, e desapareceram sem deixar vestígios. Elas fracassaram completamente em capitalizar a liberdade a elas oferecidas pelo Edito de Milão em 313 A.D. Quando invasores vândalos e árabes chegaram nos séculos V e VII, as igrejas foram completamente incapazes de oferecer algum tipo de resistência, ou mesmo de sobreviver à introdução de novos sistemas religiosos.

Porque a Igreja sucumbiu:

Clericalismo: A Igreja discipulou um grupo que sozinho tinha o direito de ensinar, e tomar todas as decisões deixando os novos na fé passivos. Falharam no controle organizacional não criando uma nova liderança.

Mundanismo: As igrejas passaram a tolerar a imoralidade; e os ímpios riam deles.

Divisão: As igrejas eram confundidas e desmoralizadas por controvérsias internas; grupos rivais usando palavras amargas e mesmo violência; as igrejas mergulharam rapidamente das alturas de conquistas até as profundas derrotas.

Politização: As igrejas se envolveram com assuntos políticos e sociais que não tinham a ver com o evangelho de Cristo. Aliança dos donatários que apareceu durante a perseguição de Diocleciano, entre 303 e 311 com grupos rebeldes, trouxe sucesso visível – um movimento de massas com amplo suporte popular. Contudo isto levou ao derramamento de sangue e represálias militares.

Falta de conhecimento bíblico: As igrejas falharam em fazer da Bíblia um instrumento disponível e inteligível às pessoas. Apenas usando uma linguagem culta assim só atingiam aqueles que estavam em centros urbanos cujos, os pais podiam mandar seus filhos para escola e assim aprendiam o latim.

Falta de Visão: As igrejas perderam a visão de Deus como seu alvo e de seu espírito de auto-sacrifício. Com liberdade, favores reais e recursos para alcançar toda África com o evangelho, as igrejas dos séculos IV e V falharam até mesmo em alcançar o Saara.


Passaram–se séculos sem que se notasse uma presença visível de cristãos. Hoje em dia, existe um movimento renovado do Espírito Santo através do Norte da África. Cristãos de todo o mundo estão orando para que a assim chamada "Igreja Desaparecida" se torne visível e vitoriosa em um futuro bem próximo.


O Deserto, uma característica singular do Norte da África

O Saara, maior deserto do mundo, com 8,6 milhões de quilômetros quadrados – área equivalente ao tamanho do Brasil, espalha-se pelos territórios de mais de doze países do Sudoeste da África, (área conhecida como Sahel: Mali, Niger, Chade, Sudão, Senegal, Guine-Conacry, Guine-Bissau, Burkina Faso, Serra Leoa, Zâmbia, Nigéria, Rep. Centro Africana e Etiópia). Diferentemente do que se imagina, apenas uma quarta parte dessa imensidão é coberta de areias, que formam intensos campos de dunas. O restante são montanhas e planícies, composta por uma variedade de rochas, cascalho, e naturalmente, areia.

Seu aspecto atual foi formado há cinco milhões de anos, mas antes desse período muitos lugares da região receberam água suficiente para se cobrirem de vegetação, onde viveram grandes mamíferos. O Saara (em árabe, Sahara significa "deserto") é uma das áreas mais desabitadas do mundo. Porém, não há praticamente nenhum lugar onde exista um pouco de água que não tenha sido ocupado pela gente do deserto.


Riquezas dos habitantes

Explica-se que a riqueza de um homem pode ser medida pela quantidade de cisterna que ele mantém. Furar um poço de 20 metros custa uns 30.000 dirhans (mais de 3.000 dólares) – uma fortuna para quem vive no deserto – mesmo assim não há garantia alguma de se encontrar água. Em muitos dos vilarejos do deserto marroquino há reservatório de água construído pelo governo, onde as pessoas podem retirar gratuitamente uma pequena porção diária. "Mesmo sendo difícil de encontrar, a água é obra de Alá. Não se pode cobrar por ela", diz um marroquino. Outra forma de averiguar se uma pessoa possui bens é contabilizar seus camelos. O animal tem alto preço nos mercados do Saara: cerca de 1.200 dólares em Marrocos. Curiosamente, no oásis de Temegroute, é comum um ou dois camelos serem abatidos aos domingos para ter sua carne vendida nos açougues. Abater não seria exatamente a palavra, já que apenas o imam, um líder religioso, pode matar os animais. O ato, mais parecido com uma cerimônia ancestral de sacrifício, só pode ser consumado ao amanhecer, logo após a primeira oração do dia, com o imam, obrigatoriamente, voltado com sua face voltada para Meca, na Arábia Saudita.

Principais países do Norte da África


Reino do Marrocos

É um dos países mais coloridos e exóticos da África do Norte. Sua posição é privilegiada,pois fica a quarenta minutos de barco de Gibraltar (Espanha), coloca Marrocos, como uma ponte entre a África do Norte e a Europa.

Marrocos é a morada de alguns dos maiores povos e grupos não alcançados do mundo, e porque não dizer da África do Norte. Para uma população de trinta milhões, menos de mil cristãos nacionais se reúnem em poucas dezenas de grupos de comunhão, que são obrigados a se encontrar discretamente nas casas. Quatro grandes grupos de povos berberes, subdividindo-se em Jebala, Riff, Ishilhyan, cada um com mais de um milhão de pessoas, estão sem uma única assembléia de cristãos com reuniões na sua própria língua. Isto tem de ser mudado. Jesus deu a sua vida por estas pessoas e é digno de sua adoração.

Povos: Berberes, subdividindo-se em Jebala, Riff, Ishilhyan sendo estes os principais.

Alfabetização: Oficialmente de 30 a 44% na língua oficial; línguas faladas: Árabe, francês e o inglês, que é também muito usado, em um total de onze línguas com as escrituras apenas 2 e 3 NT e 1 em processo de tradução.

Religião: Muçulmanos – 98,85; Cristãos: 0,10% - Judeus 0,05%

Evangélicos: Não há dados disponíveis

Perseguição: ocupa a 23º posição.

República Democrática e Popular da Argélia

Tendo 80% do território no deserto do Saara e uma faixa costeira no mar Mediterrâneo. Onde há algumas terras férteis usadas para agricultura e na fronteira com Marrocos tendo as montanhas Altas que é o berço dos berberes. 90 % da população moram nestas montanhas e na sua maioria são nômades ou seminômades.

O País passa por uma recente luta de poder entre o exército e a Frente Islâmica para Libertação da Argélia. A frente islâmica insiste que o Islã é a solução, com a implantação da Sharia. Com isto mais de 100.000 pessoas já morreram, principalmente aqueles que professavam serem cristãos.

Povos: 77% berberes adaptados à cultura Árabe. E outros berberes em torno de 22%; também muitos tuaregues marroquinos e outros.

Alfabetização: 61.6%. Língua: Árabe, berbere, francês e o crescente uso do inglês; 25% falam uma língua berbere. Total de línguas: 17 e com as escrituras 2. 2 NT. 5 por terminar a tradução.

Religião: 96,68 Muçulmanos; sem religião 3,02; cristãos 0,29% - Bashai 0,01%

Evangélicos: 0,4%

Perseguição: 37º posição

República da Tunísia

É o menor país em território do Norte da África.

Nos primeiros séculos da Igreja cristã era grande o número de fiéis, produzindo líderes como Tertuliano e Cipriano. Invasões estrangeiras, falhas em não aprofundar as raízes na cultura local, produzir a Bíblia na língua local e finalmente, a invasão do Islamismo causou o falecimento da igreja cristã. A Tunísia tem muito a ver com os primórdios da era cristã. Colonizada por fenícios no século XII a.C., no século IV a.C. foi fundada a cidade de Cartago perto da moderna Tunis.

Povos: Árabes 96,5 a 98,5% fazendo uma mistura de Árabe e berberes e de descendentes árabes. Tornando – se difícil determinar o grupo étnico.

Alfabetização: 67 %. Língua: Árabe, porém o francês é muito usado.

Religião: Muçulmanos 99,66; cristãos 0,22 %; judeus 0,02%

Evangélicos: Não existe um percentual disponível.

Perseguição: 28º posição
República Árabe da Líbia

Popular e Socialista

A maior parte do seu território fica no deserto de Saara e poucas terras no mediterrâneo são cultiváveis.

Tem no petróleo sua principal fonte de renda a partir de 1959. Porém, a riqueza do petróleo tem financiado movimentos revolucionários e promovido o islamismo em muitas nações.

Governado desde 1969, pelo polêmico ditador militar Muammar Kadafi, a Líbia já sofreu um ataque militar declarado pela ONU na década de oitenta até o isolamento com o resto do mundo, visto que a Líbia tornou-se um aliado de Saddam Hussein. No final de 2004, a Líbia autorizou a ONU a visitar seu arsenal bélico, numa estratégia de entrar no mercado de exportação de petróleo e com isto estruturar novamente o país.

Povos: 35 % estrangeiros; 75% árabes; Berberes 9,4% Porém todos os dados são estimados.

Alfabetização: 76% . Língua : Árabe. Tendo 11 outras línguas.

Escrituras: Só existe a Bíblia completa em 2 línguas; 2 com NT e 1 por terminar.

Religião: 96,50 Muçulmanos; cristãos 3,00%; Evangélicos 0,5%

Perseguição: 22º posição

República Árabe do Egito

Têm apenas 3% de terras cultiváveis, principalmente as margens do rio Nilo. Mesmo assim, tem perdido parte destas terras por razões do crescimento demasiado das cidades.

A mais antiga civilização de que se tem notícia, porém, não tendo mais a sua língua primitiva, que para alguns estudiosos do assunto era a "língua copta".

No Egito aconteceram grandes fatos relatados na Bíblia. O Egito faz parte da Bíblia tal como Israel, porém o termo Egito para o cristianismo significa "escravidão". Ainda hoje, milhares de egípcios tem sido escravos de satanás no "celebro do Islã" - (celebro porque é no Egito que são formados os intelectuais do islamismo e terroristas de elite). Após a conquista muçulmana, o domínio do faraó ainda continua, porém em uma nova versão: Islã.

Dentro deste contexto, o Egito continua sendo o mesmo, entretanto, clamando por um avivamento, para que o celebro do Islã possa estar se destronando.

Povos: Árabes 92%; Núbios: 2,4%; Berberes 2%; Outros .

Alfabetização: 61%, mas a alfabetização funcional está em torno de 35 e 40%. Língua oficial: Árabe, tendo outras 11 línguas.

Escrituras: 3, 1 NT. e 2 por terminar.

Religião: Muçulmanos 86, 52 %; Cristãos 12%; Evangélicos 4,1%

A Igreja Presbiteriana do Cairo que é o maior templo evangélico no mundo árabe.

É hoje a Igreja Copta, o maior grupo denominacional do Egito, ainda nas mesmas características de seu fundador o apóstolo São Marcos dos primeiros anos da igreja.

Não há lei da Sharia no Egito mas é grande o número de incidência de conflitos entre evangélicos e muçulmanos radicais.

Perseguição: 19º posição.

Acreditamos que em todo o Maghreb Deus tem trabalhado. Vários grupos cristãos têm surgido em todos os países do Magreb principalmente no Egito. Deus não quer que nenhum homem se perca e por isto, no inicio deste século, várias agências missionárias e juntas denominacionais tem se interessado em enviar obreiros para esta região. Lá já existe uma igreja pequena que precisa de ajuda. "Envie-nos obreiros para nos ajudar, pessoas preparadas e junte-se a nós. Não envie missionários que ficam aqui e depois de alguns meses vão embora e nos deixam problemas." Este é um apelo dramático de um pastor egípcio relatado em um Vídeo da Missão Portas Abertas.





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Note da África: A terra da igreja desaparecida

Ricardo Miranda

Os povos de língua árabe que vive no leste, simplesmente o chamam de "O Magreb" ("O Oeste"). Mas para os cristãos, o Norte da África é mais conhecida como a "Terra da Igreja Desaparecida".

A Igreja no Norte da África, nasceu no mesmo dia em que nasceu a igreja global nos países que hoje conhecemos como a Líbia pelas pessoas que pela primeira vez trouxeram as notícias daquele memorável Pentecostes (AT.2:10). Elas foram logo seguidas por outras que se demoraram em Jerusalém para poder ficar mais tempo em companhia dos apóstolos e de outros cristãos que se encontravam ali. "Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o pão de casa em casa, e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração" (AT. 2:46).

Algum tempo depois, chegaram à costa da Líbia notícias de que Pedro, tinha visitado um centurião romano, e os gentios da casa tinham recebido a salvação de Deus e o dom do Espírito Santo, do mesmo modo que acontecera com os judeus. Os gentios do Norte da África – romanos e berberes – ouviram com grande interesse como os apóstolos e os anciãos em Jerusalém recebiam homens e mulheres como eles mesmos na igreja de Cristo.

O cristianismo é, portanto, parte fundamental na rica herança norte-africana. O caminho de Cristo era conhecido e amado bem antes de alcançar o norte da Europa e América. O evangelho criou raízes no Norte da África. No primeiro século era uma fé vulnerável de uma minoria perseguida. Durante trezentos anos os bérberes ouviram e responderam a palavra de Deus não por causa do poder dos romanos, mas apesar dele. Os governadores e magistrados romanos fizeram o que puderam para suprimir a fé, destruírem seus lideres e forçaram os seus seguidores a voltar aos templos pagãos. Uma torrente de leis rigorosas, editadas desde os mais altos escalões de uma série de imperadores tiranos, tinha como finalidade erradicar o cristianismo da face da terra.

Mesmo assim, as igrejas do Norte da África floresceram nesses anos de perseguição. Tertuliano, líder da igreja no século IV, escreveu: "Apesar da mais forte oposição, terror e perseguição, os cristãos mantiveram sua fé inabalável, acreditando que Cristo ressuscitou, que todos os homens ressuscitarão a seu devido tempo e que o corpo viverá para sempre". Tamanha foi à fé deles, e tão efetivo o seu alcance que, depois de três séculos, a maior parte do território hoje conhecido como Tunísia e grande parte da Argélia se tornaram cristãs.

Os novos crentes realizaram esse maravilhoso feito, mediante o testemunho pessoal – sem rádio, cursos por correspondência, fitas de vídeo ou qualquer outra literatura. O Norte da África, produziu muito dos mais célebres mártires, e alguns dos maiores teólogos, incluindo três dos mais notáveis escritores cristãos de todos os tempos: Tertuliano, Cipriano e Agostinho. Suas palavras permaneceram e são ouvidas por nós até hoje.

Nos séculos IV e V, entretanto, este espetacular crescimento do cristianismo foi seguido de um notável colapso. As igrejas que estavam bem estabilizadas para levar o evangelho através da África falharam, tropeçaram, e desapareceram sem deixar vestígios. Elas fracassaram completamente em capitalizar a liberdade a elas oferecidas pelo Edito de Milão em 313 A.D. Quando invasores vândalos e árabes chegaram nos séculos V e VII, as igrejas foram completamente incapazes de oferecer algum tipo de resistência, ou mesmo de sobreviver à introdução de novos sistemas religiosos.

Porque a Igreja sucumbiu:

Clericalismo: A Igreja discipulou um grupo que sozinho tinha o direito de ensinar, e tomar todas as decisões deixando os novos na fé passivos. Falharam no controle organizacional não criando uma nova liderança.

Mundanismo: As igrejas passaram a tolerar a imoralidade; e os ímpios riam deles.

Divisão: As igrejas eram confundidas e desmoralizadas por controvérsias internas; grupos rivais usando palavras amargas e mesmo violência; as igrejas mergulharam rapidamente das alturas de conquistas até as profundas derrotas.

Politização: As igrejas se envolveram com assuntos políticos e sociais que não tinham a ver com o evangelho de Cristo. Aliança dos donatários que apareceu durante a perseguição de Diocleciano, entre 303 e 311 com grupos rebeldes, trouxe sucesso visível – um movimento de massas com amplo suporte popular. Contudo isto levou ao derramamento de sangue e represálias militares.

Falta de conhecimento bíblico: As igrejas falharam em fazer da Bíblia um instrumento disponível e inteligível às pessoas. Apenas usando uma linguagem culta assim só atingiam aqueles que estavam em centros urbanos cujos, os pais podiam mandar seus filhos para escola e assim aprendiam o latim.

Falta de Visão: As igrejas perderam a visão de Deus como seu alvo e de seu espírito de auto-sacrifício. Com liberdade, favores reais e recursos para alcançar toda África com o evangelho, as igrejas dos séculos IV e V falharam até mesmo em alcançar o Saara.


Passaram–se séculos sem que se notasse uma presença visível de cristãos. Hoje em dia, existe um movimento renovado do Espírito Santo através do Norte da África. Cristãos de todo o mundo estão orando para que a assim chamada "Igreja Desaparecida" se torne visível e vitoriosa em um futuro bem próximo.


O Deserto, uma característica singular do Norte da África

O Saara, maior deserto do mundo, com 8,6 milhões de quilômetros quadrados – área equivalente ao tamanho do Brasil, espalha-se pelos territórios de mais de doze países do Sudoeste da África, (área conhecida como Sahel: Mali, Niger, Chade, Sudão, Senegal, Guine-Conacry, Guine-Bissau, Burkina Faso, Serra Leoa, Zâmbia, Nigéria, Rep. Centro Africana e Etiópia). Diferentemente do que se imagina, apenas uma quarta parte dessa imensidão é coberta de areias, que formam intensos campos de dunas. O restante são montanhas e planícies, composta por uma variedade de rochas, cascalho, e naturalmente, areia.

Seu aspecto atual foi formado há cinco milhões de anos, mas antes desse período muitos lugares da região receberam água suficiente para se cobrirem de vegetação, onde viveram grandes mamíferos. O Saara (em árabe, Sahara significa "deserto") é uma das áreas mais desabitadas do mundo. Porém, não há praticamente nenhum lugar onde exista um pouco de água que não tenha sido ocupado pela gente do deserto.


Riquezas dos habitantes

Explica-se que a riqueza de um homem pode ser medida pela quantidade de cisterna que ele mantém. Furar um poço de 20 metros custa uns 30.000 dirhans (mais de 3.000 dólares) – uma fortuna para quem vive no deserto – mesmo assim não há garantia alguma de se encontrar água. Em muitos dos vilarejos do deserto marroquino há reservatório de água construído pelo governo, onde as pessoas podem retirar gratuitamente uma pequena porção diária. "Mesmo sendo difícil de encontrar, a água é obra de Alá. Não se pode cobrar por ela", diz um marroquino. Outra forma de averiguar se uma pessoa possui bens é contabilizar seus camelos. O animal tem alto preço nos mercados do Saara: cerca de 1.200 dólares em Marrocos. Curiosamente, no oásis de Temegroute, é comum um ou dois camelos serem abatidos aos domingos para ter sua carne vendida nos açougues. Abater não seria exatamente a palavra, já que apenas o imam, um líder religioso, pode matar os animais. O ato, mais parecido com uma cerimônia ancestral de sacrifício, só pode ser consumado ao amanhecer, logo após a primeira oração do dia, com o imam, obrigatoriamente, voltado com sua face voltada para Meca, na Arábia Saudita.

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Principais países do Norte da África


Reino do Marrocos

É um dos países mais coloridos e exóticos da África do Norte. Sua posição é privilegiada,pois fica a quarenta minutos de barco de Gibraltar (Espanha), coloca Marrocos, como uma ponte entre a África do Norte e a Europa.

Marrocos é a morada de alguns dos maiores povos e grupos não alcançados do mundo, e porque não dizer da África do Norte. Para uma população de trinta milhões, menos de mil cristãos nacionais se reúnem em poucas dezenas de grupos de comunhão, que são obrigados a se encontrar discretamente nas casas. Quatro grandes grupos de povos berberes, subdividindo-se em Jebala, Riff, Ishilhyan, cada um com mais de um milhão de pessoas, estão sem uma única assembléia de cristãos com reuniões na sua própria língua. Isto tem de ser mudado. Jesus deu a sua vida por estas pessoas e é digno de sua adoração.

Povos: Berberes, subdividindo-se em Jebala, Riff, Ishilhyan sendo estes os principais.

Alfabetização: Oficialmente de 30 a 44% na língua oficial; línguas faladas: Árabe, francês e o inglês, que é também muito usado, em um total de onze línguas com as escrituras apenas 2 e 3 NT e 1 em processo de tradução.

Religião: Muçulmanos – 98,85; Cristãos: 0,10% - Judeus 0,05%

Evangélicos: Não há dados disponíveis

Perseguição: ocupa a 23º posição.

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República Democrática e Popular da Argélia

Tendo 80% do território no deserto do Saara e uma faixa costeira no mar Mediterrâneo. Onde há algumas terras férteis usadas para agricultura e na fronteira com Marrocos tendo as montanhas Altas que é o berço dos berberes. 90 % da população moram nestas montanhas e na sua maioria são nômades ou seminômades.

O País passa por uma recente luta de poder entre o exército e a Frente Islâmica para Libertação da Argélia. A frente islâmica insiste que o Islã é a solução, com a implantação da Sharia. Com isto mais de 100.000 pessoas já morreram, principalmente aqueles que professavam serem cristãos.

Povos: 77% berberes adaptados à cultura Árabe. E outros berberes em torno de 22%; também muitos tuaregues marroquinos e outros.

Alfabetização: 61.6%. Língua: Árabe, berbere, francês e o crescente uso do inglês; 25% falam uma língua berbere. Total de línguas: 17 e com as escrituras 2. 2 NT. 5 por terminar a tradução.

Religião: 96,68 Muçulmanos; sem religião 3,02; cristãos 0,29% - Bashai 0,01%

Evangélicos: 0,4%

Perseguição: 37º posição

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República da Tunísia

É o menor país em território do Norte da África.

Nos primeiros séculos da Igreja cristã era grande o número de fiéis, produzindo líderes como Tertuliano e Cipriano. Invasões estrangeiras, falhas em não aprofundar as raízes na cultura local, produzir a Bíblia na língua local e finalmente, a invasão do Islamismo causou o falecimento da igreja cristã. A Tunísia tem muito a ver com os primórdios da era cristã. Colonizada por fenícios no século XII a.C., no século IV a.C. foi fundada a cidade de Cartago perto da moderna Tunis.

Povos: Árabes 96,5 a 98,5% fazendo uma mistura de Árabe e berberes e de descendentes árabes. Tornando – se difícil determinar o grupo étnico.

Alfabetização: 67 %. Língua: Árabe, porém o francês é muito usado.

Religião: Muçulmanos 99,66; cristãos 0,22 %; judeus 0,02%

Evangélicos: Não existe um percentual disponível.

Perseguição: 28º posição

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República Árabe da Líbia

Popular e Socialista

A maior parte do seu território fica no deserto de Saara e poucas terras no mediterrâneo são cultiváveis.

Tem no petróleo sua principal fonte de renda a partir de 1959. Porém, a riqueza do petróleo tem financiado movimentos revolucionários e promovido o islamismo em muitas nações.

Governado desde 1969, pelo polêmico ditador militar Muammar Kadafi, a Líbia já sofreu um ataque militar declarado pela ONU na década de oitenta até o isolamento com o resto do mundo, visto que a Líbia tornou-se um aliado de Saddam Hussein. No final de 2004, a Líbia autorizou a ONU a visitar seu arsenal bélico, numa estratégia de entrar no mercado de exportação de petróleo e com isto estruturar novamente o país.

Povos: 35 % estrangeiros; 75% árabes; Berberes 9,4% Porém todos os dados são estimados.

Alfabetização: 76% . Língua : Árabe. Tendo 11 outras línguas.

Escrituras: Só existe a Bíblia completa em 2 línguas; 2 com NT e 1 por terminar.

Religião: 96,50 Muçulmanos; cristãos 3,00%; Evangélicos 0,5%

Perseguição: 22º posição

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República Árabe do Egito

Têm apenas 3% de terras cultiváveis, principalmente as margens do rio Nilo. Mesmo assim, tem perdido parte destas terras por razões do crescimento demasiado das cidades.

A mais antiga civilização de que se tem notícia, porém, não tendo mais a sua língua primitiva, que para alguns estudiosos do assunto era a "língua copta".

No Egito aconteceram grandes fatos relatados na Bíblia. O Egito faz parte da Bíblia tal como Israel, porém o termo Egito para o cristianismo significa "escravidão". Ainda hoje, milhares de egípcios tem sido escravos de satanás no "celebro do Islã" - (celebro porque é no Egito que são formados os intelectuais do islamismo e terroristas de elite). Após a conquista muçulmana, o domínio do faraó ainda continua, porém em uma nova versão: Islã.

Dentro deste contexto, o Egito continua sendo o mesmo, entretanto, clamando por um avivamento, para que o celebro do Islã possa estar se destronando.

Povos: Árabes 92%; Núbios: 2,4%; Berberes 2%; Outros .

Alfabetização: 61%, mas a alfabetização funcional está em torno de 35 e 40%. Língua oficial: Árabe, tendo outras 11 línguas.

Escrituras: 3, 1 NT. e 2 por terminar.

Religião: Muçulmanos 86, 52 %; Cristãos 12%; Evangélicos 4,1%

A Igreja Presbiteriana do Cairo que é o maior templo evangélico no mundo árabe.

É hoje a Igreja Copta, o maior grupo denominacional do Egito, ainda nas mesmas características de seu fundador o apóstolo São Marcos dos primeiros anos da igreja.

Não há lei da Sharia no Egito mas é grande o número de incidência de conflitos entre evangélicos e muçulmanos radicais.

Perseguição: 19º posição.

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Acreditamos que em todo o Maghreb Deus tem trabalhado. Vários grupos cristãos têm surgido em todos os países do Magreb principalmente no Egito. Deus não quer que nenhum homem se perca e por isto, no inicio deste século, várias agências missionárias e juntas denominacionais tem se interessado em enviar obreiros para esta região. Lá já existe uma igreja pequena que precisa de ajuda. "Envie-nos obreiros para nos ajudar, pessoas preparadas e junte-se a nós. Não envie missionários que ficam aqui e depois de alguns meses vão embora e nos deixam problemas." Este é um apelo dramático de um pastor egípcio relatado em um Vídeo da Missão Portas Abertas.

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O que fazer para cooperar e ver a igreja na África do Norte renascer

Você Pode Orar

Ore pelos líderes nacionais: Peça a Deus que lhes dê sabedoria e forças para não desfalecerem. Procure com alguma organização missionária informações e se corresponda com um destes líderes. Conhecendo assim, melhor sua necessidade.

Ore pelos cristãos em geral: Por coragem e para que tenham forças para passar por qualquer tipo de intimidação ou descriminação.

Ore pelos lideres políticos destes paises:

Argélia: Abdelaziz Boutefika

Líbia: Muhammar Kadaffi

Marrocos: Rei Mohamed VI

Tunísia: Zine Abdine Bem Ali

Ore pelos muçulmanos: Para que eles possam conhecer o verdadeiro Alá (Deus).

Ore por ministérios de comunicação: Para que toda transmissão via rádio ou TV alcance uma alma sedenta da palavra de Deus.


Você pode contribuir

Contribua com alguma agência missionária que for de sua inteira confiança, para uma contribuição específica a algum missionário enviado ou nacional.

Contribua com as necessidades da igreja nacional em alguns destes países.


Você pode ir

Plantando igrejas (grupos) em parceria com as lideranças locais.

Formando obreiros nacionais através de parcerias com institutos bíblicos.

Atuando como profissional liberal, advogados, enfermeiros, médicos.

Fazendo parceria de negócios.


Enfim, podemos fazer algo para ver o renascimento da igreja na África do Norte.





Fontes:

Livro Interseção Mundial
Caderno O Maghreb M. Horizontes
Árabes – Povos e Cultura - Portas Abertas (VHS)
Revista os caminhos da terra – ano 9 nº 3

Entre em contato com uma destas missões e conheça mais a África do Norte.

Portas Abertas: www.portasabertas.org.br
Missão Horizontes: www.mhorizontes.org.br
Christian Aid: www.chistianaid.org

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