Vamos despertar o Leão Africano.

quinta-feira, 17 de abril de 2008





CAPÍTULO III
As Razões para a Fé
Há muitos que reconhecem o fato da cura divina que não têm conhecimento pessoal de Jesus como o Salvador do corpo. Percebem que outros se curam mas duvidam que a cura é a vontade de Deus para eles. Esperam uma revelação particular da vontade de Deus quanto ao seu caso, e no en¬tanto fazem tudo ao alcance da perícia humana para sarar por meios naturais, não pensando, de seu ponto de vista, que frustram a vontade de Deus.
A Bíblia revela a vontade de Deus acerca da cura. Deus não precisa dar uma revelação particular de Sua vontade sobre um ponto que já claramente revelara na Sua Palavra. Um estudo atento das Escrituras mostrará claramente que Deus tem declarado Sua vontade de curar Seus filhos — Ele mesmo cura Seu povo. Queremos considerar algumas Escri¬turas que provam isto.
Quando Deus chamou os israelitas do Egito, deu-lhes um estatuto e uma ordenação acerca da cura, Êxodo 15.26. Isto Ele repetiu ao encerrar os quarenta anos de peregrinação. Através da história dos israelitas, encontramo-los sofrendo de doença e pestilência, voltando a Deus com arrependimento e confissão e recebendo cura em resposta à oração. Se a cura em resposta à oração foi a maneira de Deus sob a Antiga Dispensação, quanto mais prevalece a mesma sob a Nova. "E acompanhou-O uma grande multidão de gente, e Ele curou a todos, "Mat. 12.15. As obras de cura de Cristo não foram somente para provar Sua divindade, como alguns acham, mas para cumprir Sua comissão — para cumprir a vontade de Deus. "Eis que venho, para fazer, ó Deus, a Tua vontade," Heb. 10.7.
Jesus mesmo é uma revelação da vontade de Deus. Fazia a vontade de Deus, curou a TODOS que se chegaram a Ele. Seu sacerdócio é inalterável; "Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente." Ele é o mesmo em amor como quando, movido de compaixão, curava as multidões; o mesmo em poder como quando curava toda a espécie de doenças.
"Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote, "Heb. 2.17. Durante o Seu ministério terrestre, em todo o lugar ficava movido de compaixão, e sarava todos "os que necessi¬tavam de cura," e Ele é o fiel e misericordioso Sumo Sacerdo¬te de nosso tempo. Nas Escrituras, "compaixão" e "miseri¬córdia" têm o mesmo significado. O substantivo hebraico, rachamim, é traduzido tanto "misericórdia" como "com¬paixão." O verbo grego, eleeo, é traduzido "ter misericórdia" e "ter compaixão;" igualmente, o adjetivo grego, eleemon, quer dizer "misericordioso — compassivo."
Cristo comissionou Seus doze discípulos a curar, Mat. Í0; e depois, assim comissionou os setenta, Lucas 10. A comissão foi dada a todos que crêem, Marcos 16.17,18; e outra vez foi dada a Igreja, Tiago 5.14-16. Estas comissões nunca foram revogadas.
A cura em resposta à oração da fé foi a única maneira de receber a cura conhecida pela Igreja primitiva. Uma linha de cura passa através de todas as épocas até hoje em dia; e atual¬mente esta verdade preciosa, quase apagada nas trevas espiri¬tuais da Idade Média, tem sido revivificada no grande derra¬mamento do Espírito Santo nestes últimos dias. Milhares em todos os países estão provando que Deus cura Seu povo.
E mais, Deus tem provido a cura pela expiação de Cristo, Isa 53.4,5; Mat. 8.16,17.
As palavras "tomou sobre Si." em Mat. 8.17, significam substituição — sofrendo por, não compaixão — sofrendo com. Se Cristo tomou as nossas enfermidades, por que temos de sofrê-las? Encontram-se tipos da expiação em relação à cura no Velho Testamento. A purificação do leproso, Lev. 14; a cura da praga, Num. 16.46-48; a serpente de metal Núm. 21.7-9; a cura de Jó,Jó 33.24.
Em Deuteronômio, capítulo 28, encontramos a doença como uma parte da "maldição." Mas declara em Gál. 3.13 que "Cristo nos resgatou da maldição da lei."
O pecado e a enfermidade são ligadas intimamente através das Escrituras; Sal. 103.3; João 5.14; Mat. 9.5,6, juntos com muitas outras passagens indicam o mesmo. Tanto do pecado como da enfermidade temos redenção, pelo sangue precioso que Jesus verteu e as pisaduras que suportou.
Tudo que Deus nos tem dado foi dado por Cristo Jesus nosso Senhor, para "quem quiser;" para quem quiser cumprir as condições e crer na Palavra. Podemos nos excetuar a nós mesmos, dizendo: "Não é a Sua vontade;" mas Deus não excetua a ninguém. Ele não faz acepção de pessoas. Suas promessas são para todos. "Está alguém (não, alguns) entre vós doente," Tiago 5.14. "Pedi e dar-se-vos-á, Mat. 7.7, "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis," Marcos 11.24. A cura é prometida pela habitação em nós do Espírito Santo, Rom. 8.11. Todas estas Escrituras, juntas com as promessas diretas e universais, descobrem clara¬mente a vontade de Deus de curar qualquer pessoa que se chega a Ele com fé. Isso é Sua vontade, Sua maneira. Não se recomenda na Bíblia outra maneira de receber a cura. Deus não tem outra maneira para Seu povo.
Deus tem-nos legado a cura, a saúde e a força em Cristo. Isso é nosso direito e privilégio nEle. Agrademo-Lo e O glorifiquemos sujeitando-nos a Ele. Ele quer que sejamos de boa saúde. Aceitaremos esta provisão de Seu amor? Obedecere¬mos a Ele aceitando Sua provisão, para que Sua vontade seja feita em nós e glorifiquemos a Deus em nossos corpos?
Com a certeza da vontade de Deus, não precisamos de orar: "Senhor, sara-me, se for a Tua vontade." "Se" indica dúvida, e a dúvida anula a fé. Disse certo invalido: "Creio na oração para Deus me sarar, se for Sua vontade;" e para ilus¬trar, acrescentou: "Um filho pode pedir algo ao pai; e o pai lhe dará se achar que seja para o bem do filho; e assim, desta maneira, oro pedindo a cura." Respondi que se o pai tivesse prometido dar ao filho uma certa coisa, o filho teria o direito de esperá-la. O Pai nos tem prometido a cura e temos o direito de esperá-LO cumprir Sua promessa.
Sem saber a vontade de Deus acerca de uma certa coisa, podemos orar com fé pedindo que Deus faça isso para nós, se
for a Sua vontade; e Ele o fará. Mas quando Deus tem reve¬lado Sua vontade, prometendo fazer essa coisa, não podemos ignorar ou duvidar, pois Sua vontade é fazê-la. Sua Palavra revela o fato da cura ser a Sua vontade, tão certo isto como a salvação é a Sua vontade, se cumprirmos as condições e crer¬mos na Sua promessa.
A fé que vem de Deus, se baseia na certeza da Sua von¬tade; conhecer a Sua vontade é a base de nossa certeza. Não podemos adquirir definitivamente a cura pela fé, se houver qualquer dúvida se é para nós ou não. Devemos saber a von¬tade de Deus; então podemos adquirir definitivamente pela fé, crendo que quando pedirmos receberemos.
Nossa vontade, também, tem uma parte na questão da cura. Reclamaremos aquilo que Deus quer que tenhamos?
"Se vós estiverdes em Mim, e as minhas palavras estive¬rem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito," João 15.7. Quando nosso "eu quero" se encontrar com Seu "Eu quero," a obra será feita.

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