Vamos despertar o Leão Africano.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

IMPACTO T. L. Osborn


Capítulo 9
Parceria
O Senhor me tem impressionado com a iminente ruína que sobrevirá ao mundo,caso se retarde a obra da evangelização.
Já por onze anos temos visto, de primeira mão, o efeito do Evangelho sobre as massas de mais de trinta países.
Seja entre os maometanos, xintoístas, budistas, pagãos; seja entre os instruídos ou não-letrados, exis­te na criatura humana uma insatisfação e uma ânsia que só o Evangelho pode satisfazer.
Estes onze anos decorreram tão suavemente en­quanto trabalhávamos quase dia e noite num frené­tico esforço para alcançar os perdidos.
Uma das impressões que parece ter-se avolumado dentro de mim de ano para ano é esta: apesar do gran­de número de almas que hoje estão sendo salvas, com­parando isso com o vertiginoso aumento da popula­ção mundial, percebe-se que estamos perdendo ter­reno em assustadora proporção.
Para cada pessoa que se converte, nascem trinta almas pagãs, e essa diferença rapidamente vai cres­cendo e se tornando cada vez maior a largas passadas.
De vez em quando, ouvimos ou lemos umas pou­cas estatísticas que procuram alertar para isso, mas, no geral, a Igreja Cristã realmente não está desperta­da para ver o que está acontecendo.
De certo modo, temos focalizado nossa atenção para o número de conversos ou para o aumento geral de nossos auditórios, em vez de atentarmos para o terrificante aumento da população e os crescentes milhões não alcançados pelo Evangelho.
Tenho estado alerta para com esses números por ser cristãos, e por perceber que daremos contas a Deus da obra de nossa vida.
Diligentemente temos pedido a Deus que nos mos­tre o que se pode fazer para se alcançar esta geração com o Evangelho de Cristo. Sei que Jesus disse que isso deve ser feito. Aquilo que nos parece uma colos­sal impossibilidade... Não obstante, sei que isso pode ser feito — e está prestes a ser feito.
Em outro dia o Senhor veio a nós com o capítulo cinco de Lucas. Eis os versículos que o Espírito Santo então usou para abrir de novo nossos olhos:

E aconteceu que, apertando-o a multidão para ou­vir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré. E viu estar dois barcos junto a praia do lago; e os pescadores, havendo descido deles, estavam lavando as redes. E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão. E, quando acabou de falar, disse a Simão: faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas, lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande quanti­dade de peixes, e rompia-se-lhes a rede. E fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro bar­co, para que os fossem ajudar. E foram e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique. E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador. Pois que o espan­to se apoderara dele e de todos os que com ele es­tavam, por causa da pesca que haviam feito, E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E dis­se Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante, serás pescador de homens. (Lucas 5.1-10)

Eis aqui um significativo exemplo de parceria (ou sociedade) tão necessária para se apanhar peixes em grande número.
O Senhor nos impressionou, de maneira inteira­mente nova, revelando que é sempre nosso parceiro, ou sócio, quando nos dispomos a ganhar multidões de almas humanas.
Jesus já houvera chamado antes aqueles homens para que O seguissem e se tornassem pescadores de homem (Mc 1.17).
Mas agora, evidentemente, o Senhor quis dar-lhes uma lição sobre a cooperação, ou parceria, no pescar homens.
Entrou no barco de Pedro, afastou-se da terra, e pregou um sermão às multidões que se achavam na praia, porque Jesus queria ensinar a Seus discípulos que eles deviam pescar multidões como aquela que tinham diante de seus olhos, justamente como esta­vam vendo ali Jesus fazer. Assim, Jesus fez da pesca­ria uma lição objetiva, para ensinar aqueles homens como ganhar almas — multidões delas.
Podia ser que eles já houvessem discutido a ques­tão de qual o discípulo favorito de Jesus, ou de quem seria o maior no Seu Reino. Também podia dar-se o caso de eles já terem começado a condenar os que não esta­vam seguindo a Jesus como eles o estavam fazendo.
Jesus quis ensinar-lhes a parceria no ganhar almas.
Disse-lhes que fizessem aquilo que Ele, até hoje, nos ordena fazer: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.
Aquilo não devia ser uma pesca ordinária, e sim um lançar de redes no mais profundo do mar para se apanhar uma redada, ou uma multidão.
Jesus sabia o que ia acontecer, sabia que apanha­riam peixes em número maior do que aquele que po­deriam arrastar para terra. Isso lhes ia ensinar a ur­gência da cooperação.
Eles agiram sobre a palavra de Jesus, com fé sin­gular, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede. Ou, como traduz Verkuyl, "suas re­des começavam a romper-se".
Imediatamente, eles fizeram o que Jesus sabia que iam fazer, fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram e en­cheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique.

Digamos que os companheiros que estavam no outro barco representam nossos parceiros ou colabo­radores cristãos que estão em outra igreja, em outra denominação, ou em outra organização. Daí verá que esta lição se aplica tremendamente a você e a mim.
Jesus deliberadamente realizou um milagre que forçou o companheirismo, a parceria, e a cooperação; então, o registrou nas Escrituras Sagradas para nos servir de exemplo, hoje, na pesca das almas.

Todos ficaram atônitos, pois que o espanto se apode­rara dele e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca que haviam feito.

Um tradutor diz: "A admiração se apossou de Pedro e de todos os seus companheiros, ao verem a redada de peixes que conseguiram". Outro declara: "Eles ficaram atordoados (tontos) com o arrasto de peixes que obtiveram".
Aprenderam o valor da parceria — lição assaz in­dispensável à evangelização do mundo. A partir da­quele instante, podiam apanhar multidões de homens!

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