Vamos despertar o Leão Africano.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Morte dolorosa de Pedro...



Crucificação de São Pedro por Caravaggio

De todos os métodos inventados pelo homem para matar, a crucificação foi a mais dolorosa e aterradora. Provocava vergonha e muita dor. Os romanos foram os que mais a usaram, embora não fosse inventada por eles e sim pelos persas.
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Alexandre, o Grande, durante suas conquistas trouxe a crucificação para o Ocidente. Ironicamente, os gregos seriam afetados por ela nas sangrentas batalhas impostas pelos bárbaros romanos durante a conquista daquilo que fora um dia o reino da Grécia.
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O crucificado morria por asfixia. O peso do corpo impedia a vítima de respirar. Quando se pretendia ampliar o sofrimento, “bancos” eram pregados na cruz para que o agonizante pudesse se firmar neles quando estava perdendo o fôlego. Ao levantar o corpo, o infeliz ganhava uma sobrevida. Esses movimentos se repetiam até que as forças, enfim, se esgotassem.
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Dizem alguns historiadores, que quando a vítima despertava alguma compaixão nos soldados, eles prolongavam o ritual do açoitamento para que o crucificado ficasse pouco tempo na cruz. Alguns afirmam que Jesus teria sido um desses casos. Sua morte rápida teria sido em função dos muitos açoites que recebeu.
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Em Jerusalém, onde Roma fazia de tudo para não despertar a ira dos judeus, os cadáveres não podiam ficar expostos à noite para “não contaminar a terra”. Foi por isso que as pernas dos dois ladrões foram quebradas. Sem apoio, eles morreram em seguida.
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O maior número de crucificados por Roma foi em 71aC, na chamada Terceira Guerra Servil, quando Spartacus, um gladiador, liderou uma revolta contra a república romana no comando de mais de 200 mil escravos.
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Marco Licínio Crasso, com oito legiões, travou ferrenha luta contra os revoltosos e os venceu. Os 6 mil prisioneiros da guerra foram todos crucificados ao longo da Via Apia. Spartacus nunca fora identificado. Mas seu nome virou uma lenda e mudou o relacionamento entre romanos e escravos.
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O local das crucificações na Cidade Santa era do lado de fora do muro, na porta do caminho de Jope, a mais movimentada. Era por ali que entrava a maioria dos turistas que chegavam a Jerusalém todos os dias para oferecer sacrifícios no templo. Todos deviam ver como Roma tratava seus inimigos!
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O apostolo Pedro também teria sido crucificado. Para evitar morrer como Jesus, Pedro teria pedido para que sua crucificação fosse de cabeça para baixo. É por isso que o papa usa uma cruz invertida em seu trono, na catedral de São Pedro, no Vaticano. Ela é em homenagem a Pedro, aquele que é classificado pela igreja católica como o primeiro papa.

Um comentário:

Rfc Adoradora disse...

Paz amado, muito boa essa materia. DTA
Tua irma em Cristo
Flor