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quarta-feira, 9 de março de 2011

Apolo Filosofo Cristão por Huberto Rohden


Apolo Filosofo Cristão

No outono de 53, entrava em Éfeso um grupo de viajantes exaustos de fadiga. Cobertos de pó e com as vestes e sandálias em trapos. Passando ao pé do soberbo Gymnasion, instituto urbano de ginástica, e pela Ágora encaminham-se para o Stádion , imenso campo circular destinado a jogos públicos
Do Stadion de que hoje restam apenas uns blocos de pedra e o arco do triunfo Romano.
Dirigiam-se a casa de um casal recente chegado de Corinto. Na modesta vivenda desses bons amigos, repousaram Paulo e alguns dos seus, algumas horas. E logo depois, recomeçaram os trabalhos de sempre. Era necessário conquistar a cidade para o Cristo.
Desde logo começou Paulo a sondar o terreno e procurar tomar contato com os poucos cristãos que viviam em Éfeso.
Pouco e de idéias assaz primitivas.
A pregação do “mergulho da conversão”, iniciada pelo austero profeta ás margens do Jordão, tinha traçado vastos círculos de espiritualidade pela Ásia e África. Em muitas partes era o precursor do Messias mais conhecido que o próprio Cristo. Assim também em Éfeso. Os discípulos do Batista reuniam-se periodicamente, celebravam atos cultuais, jejuavam, oravam e cantavam. Tinham ouvido algo sobre o grande profeta de Nazaré, e veneravam-no como podia sem terem dele idéia nítida e definida.
Ouviu Paulo por intermédio destes “cristãos Joaneus” que, na sua ausência, estivera em éfeso e partira para Corinto, um representante típico da ideologia religiosa. Viera de Alexandria. Era de origem judaica, porém, de cultura Grega.
Chamava-se Apolo, forma abreviada de seu verdadeiro nome Apolônio. Pelas palavras de seus informantes concluiu Paulo que esse homem devia ser muito inteligente, de caráter impoluto, ótimo conhecedor da lei de Moises, orador vibrante, mas de conhecimentos cristãos deficientes. Era mais cristão de vontade e de coração do que de experiência.
Paulo soube ganhar esse ilustre intelectual Alexandrino para a causa do Evangelho e do cristianismo.
“““ ““ Com Apolo, entra no âmbito da igreja primitiva um novo fator cultural, o “elemento Alexandrino”, que mais tarde com o nome de” escola Alexandrina” devia fornecer importante contingente para evolução da filosofia cristã. Distinguia-se, essa escola, por seus surtos metafísicos e uma espirituosa exegese alegórica.
Alexandria era, nesse tempo, o foco daquela teologia, judaica de largos horizontes e cunho internacional que procurava sintonizar com um mosaísmo esclarecido a sabedoria de todos os povos - a ética da escola estóica e a filosofia helênica sobre o logos, os germes divinos do universo e a razão criadora do cosmo. Autoridade máxima e alma desse movimento eram o celebre FILO. Que trabalhava infatigavelmente por harmonizar as idéias do divo Platão com livros sacros do Antigo Testamento, a tal ponto que corria o provérbio “OU PLATÃO FILONIZA OU FILO PLATONIZA” serviam-se esses teólogos hebreu-Alexandrino da linguagem filosófica da Grécia como veiculo para a divulgação de concepções bíblicas. E com isto favoreciam os planos da divina providencia, contribuindo para que se tornasse o idioma helênico à língua clássica da verdade cristã. No louvável afã de familiarizar o mundo pagão com a ideologia mosaica, chegaram a o modo de pensar livre e independente – para escândalo de seus irmãos tradicionalistas da Palestina possuíam ate seus templos próprios, em Leontópolis, perto de Alexandria, edifício de gosto helênico e sobriedade Grega.

Sobre o Livro:

Resenha A atitude revolucionária de Paulo modificou a orientação seguida pelos primeiros apóstolos e apontou a Cruz como o caminho da salvação, o que levou os cristãos a uma situação-limite, expressa pela única escolha possível: Cristo ou o farisaísmo. Escrita pelo filósofo e educador Huberto Rohden, esta biografia de Paulo é uma epopéia do espírito humano. A vida imensamente dramática do 13º apóstolo jamais foi contada tão ardentes palavras. Rohden proclama, com a própria vida de Paulo, que renovar a sociedade não é possível sem primeiro renovar o homem. Foi incluído, nesta nova edição, as cinco principais epístolas de Paulo, traduzidas diretamente do texto grego do primeiro século por Rohden. Geral LIVRO Outras Informações: 11,7 X 18,3 CM Editora: MARTIN CLARET Ano Edição: 2004 Coleção/Série: A OBRA-PRIMA DE CADA AUTOR / OURO Qtde. Páginas: 448

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